03 Jul
03Jul

          Uma das mais difíceis e críticas habilidade dos líderes é formar e manter equipes. Tenho convicção de que pouco fazemos sozinhos: é a equipe que gera massa crítica, de bons ou de maus resultados. Há um escrito gerencial que afirma “sozinho chego mais rápido, junto chegaremos mais longe”. 

          Em que pese todas essas evidências, são fartos os exemplos de “líderes” que surram a sua equipe. Equipes insatisfeitas perderão os seus melhores valores e o que é pior, o ”líder” pode tonar-se odiado e só.           

          Um dos primeiros homens da área comercial dos Estados Unidos a receber um salário superior a um milhão de dólares anualmente (numa época em que não havia imposto de renda e em que um indivíduo que recebesse cinquenta dólares semanais era considerado com boa situação) foi Charles Schwab. 

          Andrew Carnegie escolheu-o para ser o primeiro presidente da recém-fundada United States Steel Company, em 1921, quando Schwab tinha apenas 38 anos de idade. (Posteriormente Schwab deixou a US Steel e foi dirigir a Bethlehem Steel Company, então em má situação, e dela fez uma das empresas mais bem-sucedidas dos Estados Unidos, com a ajuda de Frederick Winslow Taylor). 

          Por que Andrew Carnegie pagava a Schwab mais de três mil dólares por dia? Por que? Por que Schwab era um gênio? Não. Por que ele conhecia mais sobre manufatura do aço do que outras pessoas? Tolice. Charles Schwab disse-me que tinha muitos homens trabalhando para si que conheciam mais sobre manufatura do aço do que ele.

          Segundo Schwab, a razão de receber um salário tão elevado era a sua habilidade em tratar com a as pessoas. Perguntei-lhe como fazia isso. Eis o segredo, revelado por suas próprias palavras – palavras que deveriam ser gravadas na eternidade do bronze e postas em cada lar e escola, em todas as lojas e em todos os escritórios da terra, palavras que as crianças deveriam decorar em vez de gastar o seu tempo decorando a conjugação dos verbos ou a quantidade das chuvas anuais, palavras, enfim, que transformarão a sua e a minha vida, caso nos resolvamos a segui-las:

          “Considero minha habilidade em despertar o entusiasmo entre os homens a maior forças que possuo, e o meio mais eficiente para desenvolver o que de melhor há em um homem é a apreciação e o encorajamento”, ... 

          “Não há meio mais capaz de matar as ambições de um homem do que a crítica dos seus superiores. Nunca critico quem quer que seja. Acredito no incentivo que se dá a um homem para trabalhar. Assim, sempre estou ansioso para elogiar, mas repugna-me descobrir faltas. Se gosto de alguma coisa, sou sincero na aprovação e pródigo no meu elogio.” 

          Eis o que Schwab fazia. Mas o que faz a média dos homens? Exatamente o oposto. Se não gosta de qualquer coisa, investe contra o subordinado; mas se gosta, não diz nada. Como diz o ditado: “O mal fiz uma vez, e nisso sempre falaram; o bem fiz duas vezes, mas nisso nunca falaram”. 

          Schwab disse ainda: “Tenho viajado muito na minha vida, e tenho encontrado grandes homens em várias partes do mundo, mas ainda estou para encontrar o homem, seja qual for a sua situação, que não tenha feito o melhor trabalho e nele posto maiores esforços sob um espírito de aprovação, do que tivesse de fazê-lo sob o espírito da crítica”. 

          Carnegie fez questão de elogiar seus assistentes, até mesmo na sua sepultura. Escreveu para si mesmo um epitáfio que diz: 

          “Aqui jaz um homem que soube ter junto de si homens que eram mais inteligentes que ele”. 

                    Adaptado de Dale Carnegie – “Como fazer amigos e influenciar pessoas”

                                                                                                    Última Atualização: JUL/2023  

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